A depressão é a maior causa de incapacidade do mundo todo, segundo a OMS. Afeta adultos, adolescentes e crianças; veja os sintomas, causas, diagnósticos e tratamentos.
O que é?
A depressão é um transtorno de humor que envolve sentimentos profundos de diminuição do prazer nas atividades, a falta de interesse e vontade do envolvimento com pessoas e tarefas, tristeza e em alguns casos, a ansiedade. Os sintomas podem flutuar ao longo do dia, não necessariamente é algo constante e diário.
A depressão é um problema contínuo e que deve ser tratado, podendo persistir por semanas, meses ou até mesmo anos.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da depressão muitas vezes podem incluir:
- Humor deprimido
- Redução do interesse ou prazer nas atividades antes apreciadas
- Perda de desejo sexual
- Mudanças no apetite
- Perda ou ganho de peso não intencional
- Dormindo muito ou pouco
- Agitação e inquietação
- Movimento e fala lentas
- Fadiga ou perda de energia
- Sentimentos de inutilidade ou culpa
- Dificuldade de pensar, concentrar-se ou tomar decisões
- Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, ou uma tentativa de suicídio
Depressão em mulheres
A depressão chega a atingir 2x mais as mulheres do que os homens e alguns dos sintomas podem ser mais aflorados e vistos com mais frequência em mulheres, como ansiedade, irritabilidade, mudanças de humor, fadiga e pensamentos negativos.
Além disso, há tipos de depressão que são exclusivos do sexo feminino como depressão pós parto e transtorno disfórico pré-menstrual.
Depressão em homens
A depressão atinge cerca de 9% dos homens e eles apresentam maior probabilidade em beber álcool em excesso, exibir raiva e assumir riscos como resultado do transtorno do que mulheres.
Outros sintomas da depressão em homens podem incluir:
- Evitar famílias e situações sociais
- Trabalhar sem pausa e de maneira excessiva
- Dificuldade de acompanhar trabalho e responsabilidades familiares
- Exibir comportamento abusivo ou controlador nos relacionamentos
A depressão em crianças e adolescentes
É estimado que 3,2% das crianças e adolescentes apresentem o diagnóstico da depressão, e é necessário um olhar atento para esses sintomas:
- Choros
- Pouca energia
- Comportamento desafiador
- Explosões vocais
- Dificuldade em se expressar
Causas da depressão
São inúmeros os fatores que podem desencadear a doença e por conta dos vastos sintomas, isso pode ocasionar a dificuldade do diagnóstico e a procura por ajuda e tratamento, mas algumas das causas podem ser:
- Características genéticas
- Mudanças nos níveis de neurotransmissores do cérebro
- Fatores psicológicos, ambientais e sociais
- Transtorno bipolar
Quais são os gatilhos e fatores de risco?
Os fatores de risco e gatilhos geralmente variam de pessoa pra pessoa, mas alguns dos mais comuns podem ser:
- Experimentar certos eventos intensos e inesperados de vida, como luto, problemas de trabalho, mudanças nos relacionamentos, problemas financeiros e preocupações médicas
- Estresse agudo
- Ter um parente próximo com depressão
- Usar drogas recreativas, como álcool ou anfetaminas
- Sofrer um ferimento na cabeça
- Ter tido um episódio anterior de depressão grave
- Ter uma condição crônica, como diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou doença cardiovascular.
- Dor persistente
- Recuperação incompleta após ter interrompido o tratamento muito cedo
- Condições médicas, como obesidade, doenças cardíacas e diabetes
Como tratar a depressão
A depressão deve sempre ser diagnosticada por um profissional especializado.
Esse profissional será apto a descartar causas, garantir diagnósticos eficazes e fornecer o tratamento adequado para cada caso. Não é aconselhada a interrupção dos medicamentos durante o tratamento pois são muito comuns as recaídas nesse caso. É importante ressaltar que para diagnósticos é comum o paciente realizar questionários para avaliar a gravidade do caso como (A escala de avaliação de depressão de Hamilton, para a indicação de gravidade de um paciente já diagnosticado, ou o O Inventário de Depressão de Beck, para ajudar profissionais da saúde mental a medir os sintomas do paciente).
A depressão normalmente é tratada com medicamentos e suplementos, porém há outros fatores muito importantes que são essenciais para que o tratamento seja eficaz e haja o controle dos sintomas, como a psicoterapia e TCC (terapia cognitivo-comportamental) e uma rede de apoio como um ambiente saudável até discussões sobre possíveis causas e educação aos familiares sobre o assunto.
Há também alternativas mais naturais, os chamados de medicamentos fitoterápicos para tratar depressão em níveis leves e moderados.
No entanto, os tratamentos naturais não são monitorados pela AAD (Administração de Alimentos e Medicamentos), portanto, não há uma certeza de que esses medicamentos sejam seguros e eficazes.
Cura
Atualmente, não existe uma cura para a depressão, porém há tratamentos eficazes que ajudam nessa recuperação, mesmo assim, a recaída ainda pode ser possível.
Para a prevenção de uma possível recaída, é recomendado que o tratamento seja feito mesmo após o desaparecimento ou melhoria dos sintomas, pelo tempo que o médico aconselhar.